O caminho do Imperador: Livros VII - IX das Meditações
Dando continuidade ao nosso clube do livro (veja aqui), como você já sabe, o livro escolhido para a nossa primeira leitura foi Meditações de Marco Aurélio.
A programação para a leitura (e os textos) é a seguinte:
8 de abril: Videoconferência via Google Meet para assinantes pagantes, 10h00 (horário de Brasília)
22 de abril: Livros X - XII
29 de abril: Videoconferência via Google Meet para assinantes pagantes, 20h00 (horário de Brasília)
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Bom, sem mais delongas, como está na programação, vou ao texto sobre os livros VII, VIII e IX das Meditações.
Eu gosto da prática de escrever diários. Enquanto o dia se dissolve no crepúsculo, exausto das batalhas diárias, sentado à luz de uma luz baixa, que eu gostaria que fosse uma lamparina, escrevo para mim mesmo. Não para a posteridade, não para a glória, mas como exercício espiritual diário. Exercício de autoconhecimento. Exercício de orientações. Uma espécie de fixação de princípios norteadores.
Que bom que não sou só eu que gosto dessa prática. Melhor ainda, que bom que Marco Aurélio teve essa prática. As batalhas diárias dele, é claro, muitas vezes, não eram metafóricas. Ainda bem.
E, à medida que o livro avança, percebo ecos de temas já tratados. Exatamente como acontece em um diário. Por exemplo, no Livro VII, volto a encontrar a tônica do estoicismo: a distinção entre o que está sob nosso controle e o que está fora do nosso alcance. “As coisas que são externas à minha mente não têm nenhuma relação com a minha mente”, escreve o Imperador. O sofrimento não é nada. Ou melhor, é tudo, mas somente depois de orientar a maneira como o espírito responde a ele. É lição estóica clássica: é livre quem domina a si mesmo.